É, quem morre de saudades do velho Jardim Botânico talvez não lembre que o bairro, nos anos sessenta e setenta, padecia de muitos problemas de infraestrutura, entre os quais periódicas inundações. Habitado, à época, por uma população modesta, formada basicamente por barnabés, chacareiros, plantadores de agrião e flores e aposentados, o JB quase não era calçado e a hoje moderna avenida Ipiranga ainda estava em construção.
Nela - como se vê nesta reprodução de uma nota do jornal Correio do Povo - alguns moradores menos civilizados, e também gente que vinha de fora, depositavam seu lixo à beira de um trecho que é, atualmente, um dos mais urbanizados do Botânico: entre a Salvador França (naquele tempo uma acanhada faixa de asfalto, cercada de modestas casinhas de madeira) e a rua Barão do Amazonas. Os moradores, claro, não gostavam da visão e do odor desses despejos e escreviam aos jornais reclamando da situação.
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