No final da década de 40, logo depois do término da Segunda Grande Guerra, o Brasil era o segundo país em linhas aéreas em todo o mundo, chegando a ter mais de 60 empresas nessa área. Em tal época heroica da aviação os aviões eram pequenos, barulhentos e desconfortáveis, transportando muitas vezes quatro ou cinco passageiros em viagens perigosas e emocionantes que terminavam em precárias e quase impraticáveis pistas de pouso. Os acidentes eram muitos e os pilotos se orientavam por referências geográficas ou inscrições que as comunidades colocavam no alto das casas e dos prédios.
O Rio Grande do Sul, pioneiro na navegação aérea com a Varig, destacava-se neste aspecto. O aeroporto São João, atual Salgado Filho, movimentava uma média de 60 vôos diários, com aeronaves de grandes companhias e de pequenos táxis aéreos ou linhas regionais. Nesta reprodução do Correio do Povo de julho de 1949 vemos o anúncio da empresa Táxi Aéreo Guarany, que seguiria em "vôos especiais" para "qualquer lugar onde haja campo de pouso" - leia-se, locais de terra batida e nenhuma infraestrutura. Para a cidade de Estrela, por exemplo, a Guarany voava diariamente.
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