Dunga era o nome dele - assim era conhecido, já que o seu nome verdadeiro talvez poucos saibam. Era pequeno, humilde, bebia muito, sem nunca causar confusões. Ficava em um bar que existia na Felizardo Furtado, defronte ao Parque Ararigboia, aos fundos de uma casa, e faleceu há alguns anos. Solícito e educado, passou meio em branco pela vida, e foi-se também assim, de mansinho, possivelmente sem que mais ninguém comparecesse ao seu enterro. Mas, uns dez ou mais anos, deixou-me fotografá-lo - e nesta única foto mostrava um rosto com personalidade. Para minha surpresa (ou não), transformou-se completamente diante da lente. Grande Dunga, hoje esquecido, uma das figuras populares insignificantes e, talvez, por isso mesmo, grandes do Jardim Botânico. Bem apropriado para uma Sexta-Feira da Paixão. (V.M.) |
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