Sandra Bréa faleceu em 4 de maio de 2000. Nos anos setenta, era uma grande estrela da televisão e da mídia. |
A morte de Miéle, aos 77 anos, em 14 de outubro de 2015, como destacaram, em clichê, todos os telejornais da época, me fez pensar em outra figura emblemática da minha adolescência e início de juventude, naqueles anos setenta: Sandra Bréa. Notei que todos - absolutamente todos - os canais que noticiaram o fato, lamentando o falecimento desse cara que sempre teve a mesma cara (é espantoso como sempre se pareceu fisicamente consigo mesmo, ao longo de décadas, da juventude à velhice), deixaram de falar naquela que foi a musa da sensualidade, o objeto de desejo masculino, a mulher invejada por outras mulheres, não só nos anos setenta como nos oitenta. Quando se via a bela Brea, imediatamente se pensava e se sentia: sexo, desejo, tesão.
Miéle fez um programa na Globo, na segunda metade dos anos setenta, chamado "Sandra e Miéle", em que os dois, em parceria e sintonia, dividiam a apresentação, ela com sua beleza, ele com seu talento. Não recordo bem como era o programa, até porque o tempo passou e meu Alzeimer evoluiu, mas achei no mínimo um lapso, para não dizer uma injustiça, sequer citarem o programa que ele, Miéle, fez com Sandra. Aliás, a imagem dela aparece somente ampassã, de longe, sem identificação, e fica-se por aí mesmo. Brea sequer é citada em algum momento.
Sandra Bréa, como se sabe - ou não se sabe mais - morreu de Aids, uns quinze anos atrás, pobre e abandonada. Foi capa de todas as revistas, e a imprensa usou muito a sua imagem para vender seu peixe e atrair leitores. Não deixou filhos, parece. Oficialmente, morreu de câncer, pois fumava muito, e a imunodeficiência não perdoou. Mais no final da sua curta vida (morreu antes dos cinquenta) foi casada, ou viveu, com o empresário gaúcho Artur Guarisse, também já falecido - aliás, dizem que foi ele que pagou os funerais da atriz.
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