Não faz tanto tempo assim as bancas de revistas e jornais eram referências para todos os leitores, sobretudo nos finais de semana, e o jornaleiro uma figura popular e amiga próxima a nós todos - conhecia nossos gostos, dava dicas, reservava revistas e até arriscava algum palpite para o jogo do Bicho. Pois esse tempo passou e jamais voltará, no centro ou nos bairros, aqui ou no resto do mundo. O Botânico, nesse quesito, sempre foi bem servido por bancas e por seus proprietários ou funcionários. Uma das mais importantes era esta, na La Plata, esquina com a Barão do Amazonas, defronte ao não menos famoso Xis do Tia Zefa - este, definitivamente encerrado.
Localizada ao lado de um chaveiro, também muito requisitado, a casa era carinhosamente atendida por uma senhora chamada dona Rosa, um primor de simpatia, e sua neta ainda adolescente. Tempo vai, tempo vem, chegou, afinal, a hora da verdade em que a mídia eletrônica superou de vez, até nos bairros, a mídia impressa em papel, e a saudosa banca de jornais, revistas, cigarros e quadrinhos da dona Rosa e família encerrou suas atividades, restando apenas a estrutura física de um comércio cultural da maior valia e que sempre deixará saudades.
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