quarta-feira, 2 de outubro de 2024

Moléstias contagiosas dos anos 50 eram de arrepiar

 

Podemos sentir saudades de muitas coisas, do passado próximo ou remoto. Porém, decididamente, não temos muita coisa boa a recordar no tocante à saúde pública, cujo nível em todo o mundo melhorou grandemente ao longo das últimas décadas, graças sobretudo à evolução da ciência e da tecnologia médica. Em Porto Alegre, importante capital brasileira do século 20 (ainda o é, diga-se de passagem), os anos de 1950 ainda eram um constante desafio à sobrevivência de qualquer um: morria-se muito - muito mesmo - em decorrência de variadas e estranhas doenças contagiosas, hoje superadas e debeladas. Em uma de suas edições do mês de agosto de 1954 - aquele em que Getúlio Vargas deu um tiro no peito - o Correio do Povo noticiou, com base no boletim do Departamento Estadual de Saúde, que somente em Porto Alegre (então com cerca de 400 ou 450 mil habitantes) haviam sido registrados 2029 casos de moléstias contagiosas ao longo dos últimos oito meses - de janeiro ao final de agosto. Entre elas estavam 22 novos casos de varíola, 846 casos de tuberculose, 171 de sífilis, 41 de febre tifoide, 43 de poliomielite,  e 14 de lepra.

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