As Amigas Tricoteiras: desde 2012 formaram uma confraria de cerca de 15 mulheres no Condomìnio Felizardo Furtado. |
Mesa com alguns dos itens confeccionados: gorros, xales, mantas, luvas... |
Nesta quinta-feira, com o tempo ameaçando temporal lá fora,
no recinto amplo e iluminado, estava dona Jane Catarina Alencastro Moreira,
moradora há 42 anos do Condomínio. Em volta de uma mesa, outras senhoras, como
a Dalva, a Vera, a Leonilda, a Lia, a Marilene, a Maria Inês, a Teresinha. Mais adiante, uma mesinha com alguns doces e
quitutes, café e água mineral – o chamado “lanchinho das quatro” desse grupo na
faixa da Terceira Idade e que, mais do que fazer crochê e tricô, se vale de
tais encontros para conversar, interagir e sentir-se útil. Aos poucos, como o
nome diz, tornaram-se amigas.
TERAPIA – Jane, residente no Bloco G, é, por
assim dizer, uma das líderes do movimento, e mantém uma pasta na qual arquiva
fotos, documentos e até medalhas que ganharam de hospitais e instituições as
mais diversas em função do trabalho benemérito. Pode não ser uma quantidade
muito grande – são luvas, mantas, gorros, xales, meias, conjuntinhos – mas é
algo realmente feito de coração e que será de grande utilidade para enfermos
sem recursos internados em hospitais, para mães e bebês de maternidade e para muitos idosos. Jane dedica-se ao trabalho assistencial também fora daqui
e tem tudo documentado em fotos. Ela apenas lamenta que a mais idosa do grupo,
dona Bernadete, de quase 95 anos (fará em maio) não esteja presente por
problemas de saúde – está internada, mas espera-se que volte à ativa muito em
breve.
Aqui tudo é feito em parceria, incluindo o lanche das 16
horas, trazido por cada uma das tricoteiras a cada semana. O espaço é cedido
pelo Condomínio, entre as 14 e as 17 horas. Já o material usado para as
confecções (lã, especialmente) provem de doações e de algumas rifas que o grupo
promove eventualmente. “Não mexemos com dinheiro”, informa Jane. Ou seja, nada
está à venda – tudo é doado. Já doaram para o Hospital São Lucas, para casas
espíritas, e agora irão se voltar para o hospital do câncer infantil do
Hospital de Clínicas. Algumas das tricoteiras estão no grupo há muitos anos,
outras há questão de um mês, dois meses.
Com 88 anos – mas não parece – Dalva Silva Gomes, moradora do
Condomínio há sete anos (Bloco F), é uma das pioneiras. “Sempre fiz tricô,
embora não seja a que faz melhor”, explica. Mais do que ajudar pessoas
carentes, elas usam o trabalho manual e a convivência mútua como uma espécie de
terapia. “Para mim é um trabalho de terapia, a gente se distrai e deixa de lado
os problemas.”
O mesmo vale para a Vera Debiasi (Bloco H, onde mora há 25
anos), há quatro anos aqui, e que – conforme diz – entrou para “fazer uma
terapia, eu estava passando por um problema grave de saúde, e foi a melhor
coisa que eu fiz. Estou aprendendo o crochê e me sinto muito melhor.” Vera é
formada em Turismo pela Pontifícia Universidade Católica, PUC, mas ultimamente
era dona de casa e cuidava da mãe.
Jane |
Marilene |
Vera |
TARJA PRETA - O Grupo das Tricoteiras Amigas
também fez muito bem para Lia Nunes, a mais brincalhona de todas. Natural de
Soledade, com 16 anos de CRFF e há oito na confraria, não esconde que entrou
devido a uma forte depressão causada por um trabalho extenuante e estressante –
ela era operadora de tele-marketing. “Eu trabalhava 12 horas por dia, de
segunda a sábado e acabei entrando em depressão. Durante quatro anos tomei oito
medicamentos de tarja-preta e precisei de acompanhamento psicológico”.
Leonilda |
Maria Inês |
Teresinha |
Dalva |
Convidada pela amiga Nilva, entrou para o grupo – onde faz tricô e crochê – e isso
teve importância fundamental para superar seu problema. “Hoje não tenho mais
nada”. Ela é esposa do zelador do Bloco H, Jucemar, ou Chico.
Já Leonilda Vieira, do F (os edifícios vão do A ao H) foi
convidada por Maria Inês – colega de ginástica no Ginásio Ararigbóia -e
orgulha-se de ter, antes, feito curso de Tear e Tecelagem. “Eu tinha me
aposentado e estava cansada de ficar em casa, comendo, me entediando e
engordando. Aqui a gente se ajuda,
conversa”. Ao seu lado está Teresinha Lorbitzki (Bloco F), porto-alegrense, integrante
das Amigas há um ano, “entre idas e vindas”. Ela também concorda que isso “é
meio uma terapia”. Há apenas um mês no grupo, pode ser considerada a caçula.
Uma das poucas que não reside no Condomínio é Maria Inês
Oliveira, residente na Barão do Amazonas, entre a Itaboraí e a Felizardo.
Natural de Iraí, também faz ginástica no Ararigbóia “e acabei me entrosando com
o pessoal daqui”. Maria Inês admite que, para ela, é mais do que um trabalho manual:
“Faço como terapia também”.
Uma coisa importante a destacar é que o grupo sempre está
necessitando de material para fazer suas peças – fios de lã, sobretudo – e doações
são bem vindas. Com o material que armazenaram, elas irão fazer uma exposição
dia 28 deste mês de abril, um domingo, no mesmo salão do CRFF, para o qual
todos estão convidados.
Leitora Lia escreve ao O Felizardo:
Boa noite .
Quero desde ja agradecer este sr. Que se disponibilizou a passar uns minutos conosco para poder compartilhar um pouco da nossa história.
Apesar do grupo ser pequeno tem muita história não importa como cada uma chegou ao grupo e sim o que cada uma doa que alem do seu coração trabalhos São feitos com nossas próprias mãos,tdmanual.
Amigas tricoteiras,nome escolhido pelo grupo queno qual sim se tornamos amigas .agradeço ao grupo em particular e tb minha veinha Nilva Marçal Pessoa que foi quemme apresentou pro grupo,em um momento de minha vida que eu precisei de acompanhamento medico e um trabalho voluntario queme ajudoumuito ,soumuito grata a tds do grupo são umas lindas sempre trocamos experiência pois as idades variam .nunca ninguém sabe de mais que não possa aprender uma coisa nova a cada dia .
Precisamos de doações de lãs.
No dia 28/04 /2019 faremos um chá que nos tds estamos bancando .pra recadar dinheiro pracomprar lãs. Se quiserem comprar convite so procurar nas quintas no endereço da materia .falar com qualquer uma .ou se tb quiser doar lãs será muitobem vindo .
Nos doamos nossos trabalhos
No clinicas,presidente vargas,hospital do câncer, azilo da lomba do pinheiro,puc (prematuros)enfim fora as pessoas que precisam tb são ajudadas.no caso com as coisas que confcionamos.
Um abraço a tds que iram ler .
Obrg ao sr. Que fez materia ,e quem publicou tb .grata .
Um comentário:
Boa noite .
Quero desde ja agradecer este sr. Que se disponibilizou a passar uns minutos conosco para poder compartilhar um pouco da nossa história.
Apesar do grupo ser pequeno tem muita história não importa como cada uma chegou ao grupo e sim o que cada uma doa que alem do seu coração trabalhos São feitos com nossas próprias mãos,tdmanual.
Amigas tricoteiras,nome escolhido pelo grupo queno qual sim se tornamos amigas .agradeço ao grupo em particular e tb minha veinha Nilva Marçal Pessoa que foi quemme apresentou pro grupo,em um momento de minha vida que eu precisei de acompanhamento medico e um trabalho voluntario queme ajudoumuito ,soumuito grata a tds do grupo são umas lindas sempre trocamos experiência pois as idades variam .nunca ninguém sabe de mais que não possa aprender uma coisa nova a cada dia .
Precisamos de doações de lãs.
No dia 28/04 /2019 faremos um chá que nos tds estamos bancando .pra recadar dinheiro pracomprar lãs. Se quiserem comprar convite so procurar nas quintas no endereço da materia .falar com qualquer uma .ou se tb quiser doar lãs será muitobem vindo .
Nos doamos nossos trabalhos
No clinicas,presidente vargas,hospital do câncer, azilo da lomba do pinheiro,puc (prematuros)enfim fora as pessoas que precisam tb são ajudadas.no caso com as coisas que confcionamos.
Um abraço a tds que iram ler .
Obrg ao sr. Que fez materia ,e quem publicou tb .grata .
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